Baraúna RN
Baraúna é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Localiza-se na microrregião de Mossoró, na latitude 05º04'48" sul e longitude 37º37'00" oeste, estando a uma altitude de 94 metros. Sua população estimada em 2004 era de 20 693 habitantes.
Possui uma área de 893,11 km². O município foi emancipado de Mossoró através da Lei nº 5.107, de 15 de dezembro de 1981. Limita-se com o município que lhe deu origem, Mossoró (leste), Governador Dix-Sept Rosado (sul) e com o estado do Ceará (norte e oeste).
A sede do município está a 5° 04’ 48” de latitude sul e 37° 37’ 00” de longitude oeste. A altitude é de 94 m acima do nível do mar e a distância rodoviária até a capital é de 317 km.
De acordo com o IDEMA, o solo da região é do tipo cambissolo eutrófico. O solo tem aptidão restrita para lavoura, sendo apto para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco). Uma pequena área com aptidão regular para pastagem natural.
Aniversário | 15 de dezembro |
Fundação | 15 de dezembro de 1981 |
Gentílico | Baraunense |
Prefeito | ALDIVON SIMÃO DO NASCIMENTO Partido: PR Partido da República(mandato até 2008) |
Estado | Rio Grande do Norte |
Mesorregião | Oeste Potiguar |
Microrregião | Mossoró |
Municípios limítrofes | Mossoró (leste), Governador Dix-Sept Rosado (sul) e com o estado do Ceará (norte e oeste). |
Distância até a capital | |
Área | 825,802 km² |
População | 21.473 habitantes est. 2006 |
Densidade | 26,0 hab./km² |
Altitude | 94m acima do nível do mar |
Clima | Semi-árido |
Fuso Horário | UTC - 3 |
IDH | 0,600 PNUD/2000 |
PIB | R$ 158.729.000,00 IBGE/2003 |
PIB per capita | R$ 7.671,00 IBGE/2003 |
História
Segundo moradores mais antigos existem três versões sobre a origem do nome Baraúna. Uma delas, é que, Mossoró (cidade vizinha), teve na época um herói por nome de Alexandre Baraúna, batizou-se o então vilarejo por Baraúna em sua homenagem.
Uma Segunda versão, é defendida pelo historiador Luiz da Câmara Cascudo de que este nome veio devido a uma planta por nome de Ibiraúna, cujo moradores dizem que aqui não existe e nunca existiu nos limites do município.
Já os moradores, defendem que, Baraúna nasceu numa localidade que chamava-se "Rancho do Sabiá" e, que o mesmo servia de abrigo para os tropeiros que faziam o percurso Ceará para Mossoró, e estes repousavam sobre o frondoso pé de Sabiá.
A mudança do nome para Baraúna deu-se devido a um Preto Velho conhecido pelo alcunha de Baraúna que residindo em Mossoró, passava a maior parte do seu tempo nesta região dedicando-se a caça, uma vez que a mesma era farta, pois segundo os mesmos, existia em quantidade onças, porco-do-mato, tamanduás e outros. Em virtude do exposto, o Rancho do Sabiá aos poucos passou a ser chamado de "As terras de Baraúna".
Os primeiros moradores dessa localidade foram os senhores João Batista Dantas e Guilherme Freire, estes construíram as primeiras casas e desenvolveram as primeiras atividades agropecuárias e outras.
Com algumas famílias residindo no local, destacou-se particularmente uma, devido suas condições financeiras, que aos poucos foram se apropriando de grandes quantidades de terra. Esta família era conhecida como os Pachêcos e eram do Ceará o que veio gerar entre os Pachêcos e os demais moradores conflitos, pois entendiam os demais, que os Pachêcos estavam entrando em terras baraunenses para registrá-las no Ceará.
No ano de 1935, o interventor do Estado Rafael Fernandes, atendendo a um pedido do Sr. João Batista Dantas que viajou de Baraúna a Natal a pé, determinou a inspetoria de Fomento de Combate as Secas, e esta através do Pe. Mota, então Prefeito de Mossoró, perfurou o primeiro poço de Baraúna e este fez com que maior número de pessoas construísse casas em volta do mesmo construindo-se assim um povoado, e o Sr. José Raimundo de Abreu, foi um dos maiores incentivadores para o desenvolvimento dessa localidade.
Já em 1940 intensificou-se a exploração da madeira, e da região, saiu milhares de dormentes e outras espécies, embora trabalhadas manualmente.
Através da Lei Municipal nº. 889 de 17 de Novembro de 1953 foi criado o Distrito de Baraúna e foi escolhido para o Primeiro subprefeito o Sr. Francisco Leandro de Medeiros. Já na condição de Distrito de Mossoró, Baraúna toma impulso na Agricultura e seus principais produtos são: Algodão, Milho e Feijão, os quais permanecem até hoje acrescido do Melão, Melancia, Acerola, Caju e outros.
Por meio de um plebiscito decidiu-se elevar o Distrito de Baraúna à categoria de Município, e pela Lei de nº. 5.107 em 15 de Dezembro de 1981, finalmente desmembrou-se do município de Mossoró. E, em 15 de Novembro de 1982 Baraúna elege o Sr. José Holanda Montenegro para ser o seu primeiro Prefeito.
A segunda administração, foi chefiada por José Bezerra (PMDB) 1988 - 1992. Em seguida veio José Araújo Dias (PFL) 1993 - 1996, 2004-2007 com uma administração pouco relevante que faz com que a cidade permaneça um bom tempo em estado de estagnaçao; posteriormente foi eleito o professor Franscisco Gilson de Oliveira (PFL)1996 - 2004 (neto de Franscico Leandro de Medeiros): neste período se vê em Baraúna alguns momentos onde a cidade tenta respirar porem sua história tambem nao pode ser escrita como realmente deveria devido a má vontade de nossos governantes, barauna entao, por si só e devido a interesses de empresarios em EXPLORAR a regiao, começa ganhar uma posição de destaque no polo de produçao da frutucultura se tornando um dos maiores municípios em produção e exportação de frutas da região Nordeste.
Recentemente após uma série de problemas de ordem eleitoral a gestão do município passou para a pessoa de Aldivon Nascimento. que logo se submete a um processo eleitoral e acaba por ser eleito.
Economia
De acordo com dados do IPEA do ano de 1996, o PIB era estimado em R$ 8,73 milhões, sendo que 62,7% correspondia às atividades baseadas na agricultura e na pecuária, 4,0% à indústria e 33,3% ao setor de serviços. O PIB per capita era de R$ 2.097,06.
Em 2002, conforme estimativas do IBGE, o PIB havia evoluído para R$ 229,850 milhões e o PIB per capita para R$ 11.543.
Produção agrícola
Lavoura | Quantidade produzida (ton.) | Valor da produção (R$ mil) | Área plantada (ha.) | Área colhida (ha.) | Rendimento médio (kg/ha.) |
---|---|---|---|---|---|
Algodão herebáceo (em caroço) | 1.000 | 700 | 1.560 | 1.560 | 641 |
Banana | 281 | 56 | 15 | 15 | 18.733 |
Castanha-de-caju | 120 | 108 | 400 | 400 | 300 |
Coco-da-baía | 12 (mil frutos) | 4 | 3 | 3 | 4.000 frutos/ha. |
Feijão (em grão) | 780 | 546 | 1.300 | 1.300 | 600 |
Mamão | 4.000 | 720 | 80 | 80 | 50.000 |
Manga | 3.600 | 1.440 | 180 | 180 | 20.000 |
Melancia | 12.000 | 2.400 | 400 | 400 | 30.000 |
Melão | 104.500 | 67.925 | 3.690 | 3.690 | 28.319 |
Milho (em grão) | 5.500 | 2.200 | 6.500 | 6.500 | 846 |
Pecuária
Rebanho | Efetivo (cabeças) |
---|---|
Bovino | 8.793 |
Suíno | 2.226 |
Eqüinos | 358 |
Asininos (jumentos) | 523 |
Muares (mulas) | 301 |
Ovinos | 8.909 |
Galinhas | 12.071 |
Galos, frangas, frangos e pintos | 25.513 |
Caprinos | 17.110 |
Vacas ordenhadas | 553 |
Gênero | Produção |
---|---|
Leite de vaca | 323 (mil litros) |
Ovos de galinha | 49 (mil dúzias) |
Mel de abelha | 2.174 (kg) |
Dados estatísticos
Educação
Ensino | Alunos matriculados | Professores |
---|---|---|
Fundamental | 5.096 | 187 |
Médio | 680 | 10 |
- Analfabetos com mais de quinze anos: 39,56% (IBGE, Censo 2000).
- De acordo com o Ministério da Educação, Baraúna tem a pior nota do ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do país em 2008 entre estudantes da 8ª série do ensino fundamental. O município conseguiu a nota 1,5 em uma escala que vai de 0 até 10. O resultado nesse ano é pior do que no ano anterior, quando o município conseguiu a nota 2 em 2007.[5]
Índice de Desenvolvimento Humano
IDH | 1991 | 2000 |
---|---|---|
Renda | 0,470 | 0,522 |
Longevidade | 0,523 | 0,630 |
Educação | 0,434 | 0,648 |
Total | 0,475 | 0,600 |
Serviço | Domicílios (%) |
---|---|
Água | 81,1% |
Esgoto sanitário | 0,4% |
Coleta de lixo | 90,0% |
- 20 leitos hospitalares, todos disponíveis para pacientes do sistema único de saúde (2002, IBGE).
- Mortalidade infantil: 64,8 p/mil (Ministério da Saúde/1998).
- Esperança de vida ao nascer: 62,8 anos (IBGE, Censo 2000).
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
- CLIMA
Tipo: clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono.
Precipitação Pluviométrica Anual: normal:
observada:
desvio:
Período Chuvoso: fevereiro a maio
Temperaturas Médias Anuais: máxima:
média:
mínima:
Umidade Relativa Média Anual: 70%
Horas de Insolação: 2.700
- FORMAÇÃO VEGETAL
Caatinga Hiperxerófila - vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactácea e plantas de porte mais baixo e espalhadas. Entre outras espécies destacam-se a jurema-preta, mufumbo, faveleiro, marmeleiro, xique-xique e facheiro.
- SOLOS
Solos predominantes e características principais:
Cambissolo Eutrófico - fertilidade média a alta, textura argilosa, bem a moderadamente drenado, relevo plano.
Uso: pecuária extensiva, milho e feijão. A principal limitação é a falta d´água. Destaca-se no rebanho caprino, e nas culturas do milho, algodão e coentro, e na fruticultura irrigada, com as culturas do melão e melancia.
Aptidão Agrícola: restrita para lavoura, apta para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco). Uma pequena área com aptidão regular para pastagem natural.
Sistema de Manejo: baixo, médio e alto nível tecnológico, podendo as práticas agrícolas estarem condicionadas tanto ao trabalho braçal e de tração animal com implementos agrícolas simples, como a motomecanização.
- RELEVO
De
Chapada do Apodi - terras planas ligeiramente elevadas, formadas por terrenos sedimentares, cortados pelos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu.
- ASPECTOS GEOLÓGICOS E GEOMORFOLÓGICOS
O município esta compreendido no Grupo Apodi, situado em área de abrangência da Formação Jandaíra (Bacia Potiguar), de Idade Cretácea (80 milhões de anos), predominando calcarenitos e calcilutitos bioclásticos, cinza claros a amarelados, com níveis evaporíticos na base, depositados em extensa planície de maré e numa plataforma rasa, carbonática. Em suas extremidade nordeste e leste encontra-se localmente recoberto por elementos do Grupo Barreiras, composto de arenitos finos a médios, ou conglomeráticos, com intercalações de siltitos e argilitos, dominantemente associados a sistemas fluviais. Geomorfologicamente predomina uma superfície pediplanada, forma erosiva plana elaborada por processos de pediplanação, ocorrendo em diversos tipos de litologias.
Recursos Minerais Associados:
Formação Jandaíra - calcários cálcicos e magnesianos (utilizados na indústria do cimento, cal, corretivo agrícola e alimentar para animais): rocha ornamental (piso e revestimento); britas e pedras dimensiona (para construção civil), gipsita e argilas (indústria do cimento e gesso agrícola).
Grupo Barreiras - cascalho (material utilizados para construção civil): seixos e calhaus de calcedônia (utilizada em artesanato mineral e em moinhos de bolas).
Encontramos no município jazinamento estratiforme de calcário sedimentar nas localidades: Fazenda Juremal, Mirandas e Boa Sorte
- RECURSOS HÍDRICOS
Hidrogeologia:
Aqüífero Jandaíra - é composto dominantemente por calcários, apresentando água geralmente salobra e uma composição química favorável a pequena irrigação. É também um aqüífero livre ou confinado com vazões que variam até 30 m³/h, com média de 3 m³/h e poços com profundidade média em torno de 8m. Abaixo de Jandaíra encontra-se o Aqüífero Açu.
Aqüífero Barreiras - composto por arenitos finos e grosseiros, conglomerados, arenitos argilosos, caulínicos e ferruginosos níveis de cascalhos, lateritas e argilas variadas de coloração amarela e avermelhada.
Quanto a hidrologia este aqüífero apresenta-se confinado, semiconfinado e livre em algumas áreas. Os poços construídos mostram capacidade máxima de vazão, variando entre
Hidrologia:
O município encontra-se com 43,78% do seu território inserido na Bacia Hidrográfica Apodi - Mossoró e 56,22% na Faixa Norte de Escoamento Difuso.
Riachos: Cabelo Negro, Grande e Córrego de Pedras.
Açude com Capacidade de Acumulação Superior a 100.000 m³: inexistente
- SÍTIO NATURAL
Lajedo da Escada - composto por fendas e abismo, possui abundante material paleontológico.
Furna Feia - localizada na Fazenda Maísa, apresenta beleza cênica, interesse geológico, arqueológico e paleontológico.
Olho d'Água da Escada - composto por cavernas com presença de fósseis e mamíferos.
- ÁREA DE CONSERVAÇÃO
Pico Estreito, área de
Poço de Baraúnas, área de
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